quinta-feira, 21 de junho de 2007

Alguns assuntos

Nota de agradecimento

Obrigada, Boca, por me vingar. Obrigada, Riquelme. Valeu o sacrifício de torcer para um time argentino. No fim, deu a lógica:
1) o Grêmio não é tudo isso, classificou-se nos erros do Santos. (Isto vai gerar polêmica, eu sei)
2) o Boca é melhor que o Grêmio.

Classificado, o Santos poderia não ter sido campeão, mas o vexame de ontem, com certeza não teria passado.

Agora é concentração total no brasileirão. Que venham os bambis! Um deles tentou me “assustar” dizendo que o Júnior está de volta. Nossa, to tremendo de medo!

De volta à Coca-Cola, mas não à carne

Hahahahahaha. Eu sabia que o post inaugural geraria bochicho. Já começaram a confundir as coisas, a achar que também vou deixar de ser vegetariana. Não é, Maurício?

Acontece que uma é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Minha convicção vegetariana não ter nada a ver com os meus ideais políticos. Não deixei de sentir pena dos animais, com sua sina de crescer e engordar para então morrer e habitar o estômago dos humanos. Ao contrário, a cada dia tenho mais certeza de que não comer carne é uma atitude solidária. Não só com os pobres dos bichinhos, mas também com o meio ambiente. A flatulência bovina é prejudicial à camada de ozônio! Sem contar o avanço dos pastos sobre a natureza, o que vem gerando outros tipos problemas ecológicos.

Estará Isaac Newton certo em afirmar, baseado na matemática, que o mundo acabará em 2060?

Grude sonoro

Tem uma música que não me sai da cabeça: D.A.N.C.E, do Justice.
Do the D.A.N.C.E.
1 2 3 4 fight
Stick to the B.E.A.T.
Get ready to ignite
You were such a P.Y.T.
Catching all the lights
Just easy as A.B.C.
That's how you make it right

terça-feira, 19 de junho de 2007

Coca-Cola e Mc Donald's, estou de volta

Dois mil marcou também o início do século 21 e do 3º milênio. Naquele ano, muitos acontecimentos mudaram a história do mundo, prenunciando um período conturbado e confuso. Para citar um: George W. Bush foi eleito pela primeira vez presidente dos Estados Unidos da América, o que dispensa comentários.

Reduzindo tanta significância à insignificância da minha vida, foi em 2000 que parei de tomar Coca-Cola e comer no Mc Donald’s. E por que isso é importante agora? Porque sete anos depois estou disposta a voltar atrás. Para explicar o motivo, gostaria de partir do princípio; é preciso ficar claro de onde tirei essas idéias.

Em 2000, fui trabalhar na empresinha dos meus tios para tirar um troco. Foi lá que conheci uma garota, feminista convicta e vegetariana, que me questionou se não seria um contra-senso ser socialista, tomar Coca-Cola e comer no Mc Donald’s, tudo ao mesmo tempo.

Discordei prontamente, mas a faísca da discórdia acendeu-se na minha cabeça cheia de princípios. Estaria eu indo contra eles? Após ler um pouco sobre ambas as empresas, cheguei à conclusão de que sim*. Não vou ficar discorrendo sobre, mas pela primeira vez havia notado o quanto Coca-Cola e Mc Donald’s tinham a capacidade de formar consumidores-zumbis, a clamar por “Coca, Big Mac” em vez de “Cérebro, cérebro”. Claro que não eram as únicas empresas a fazer isso, mas eram consideradas por muitos grupos de esquerda os símbolos máximos do capitalismo que eu tanto desprezava.

Hoje, entretanto, questiono tamanho poder. Simplesmente porque o capitalismo tornou-se ainda mais onipresente e onipotente. Está no meu trabalho, nas minhas roupas, no refrigerante de fabricação nacional, nas terras do agricultor. Está no mundo globalizado, onde para se tomar uma decisão no Brasil é preciso levar em consideração o mercado da China. Isso, pense na China. O país comunista abriu sua economia e agora produz e cresce como um formigueiro, exportando todo tipo de produto a preços tão competitivos que praticamente não encontram concorrência. Notou alguma semelhança com o capitalismo selvagem?

Diante disso, qual o sentido de seguir culpando duas empresas? Nenhum.

Ainda não coloquei um gole de Coca-Cola na boca e nem fui ao Mc Donald’s, mas isso irá acontecer em breve, num dia qualquer. Espero estar preparada, ter vencido o medo que dá mudar e deixar de lado mais que um valor, um hábito. Enquanto isso, contento-me com um copo d’água Cristal e um sanduíche aquecido no George Foreman Grill. Na TV, Evo Morales diz que Fidel Castro está bem. Ufa, vida longa a ele.

*Leia sobre as ações contra o Mc Donald’s comandadas por José Bové, candidato às eleições para presidente da França neste ano, ou sobre a campanha realizada no Fórum Social Mundial de 2005 contra a Coca-Cola. Nos sites de busca, há uma série de materiais com motivos de sobra para fugir de ambos.